Mundo
Guerra no Médio Oriente
Israel ataca sul do Líbano com conversações a decorrer
Os ataques acontecem na semana em que os dois países estabeleceram os primeiros contactos diplomáticos diretos em quatro décadas.
As Forças de Defesa de Israel voltaram a atacar, esta quinta-feira, o sul do Líbano. Os ataques ocorreram nas cidades de Jbaa, Mahrouna, Mjadel e Baraachit.As IDF justificam a ofensiva com a alegada presença de armazéns de armas do movimento fundamentalista xiita Hezbollah.
“Os armazéns atacados estavam localizados no coração de uma área residencial civil”, justificam as IDF na sua página oficial, com o porta-voz militar Avichay Adraee a ordenar a evacuação de Mjadel e Braashir uma hora antes do ataque.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) veio já condenar o ataque. Em comunicado, considera que “estas ações são claras violações da resolução 1701 do Conselho de Segurança”, aprovado em 2006 no contexto da guerra iraelo-libanesa desse ano, que prevê a “retirada imediata das forças israelitas do sul do Líbano”.A UNIFIL revela que a ofensiva israelita acontecia durante operações das Forças Armadas Libanesas “para controlar armas e infraestruturas não-autorizadas no sul do Líbano”.
Por agora, não há notícia de feridos ou mortos, mas a UNIFIL afirma que os capacetes azuis de serviço no território “foram abordados por seis homens em três ciclomotores perto de Bint Jbeil [cidade no sul do Líbano]”.
Um deles terá disparado três tiros na parte de trás do veículo onde seguiam os capacetes azuis, sem registo de feridos. A UNIFIL irá abrir um inquérito sobre o incidente.
Os ataques ocorrem no contexto dos primeiros contactos diretos entre Israel e Líbano em mais de 40 anos. Representantes diplomáticos dos dois países encontraram-se em An-Naqoura, para uma reunião da comissão de monitorização do cessar-fogo, assinado em novembro de 2024, após uma nova ofensiva israelita no sul do Líbano, para destruir os recursos do grupo fundamentalista Hezbollah.O encontro foi apelidado como “positivo” pelos meios de comunicação os dois países, mas o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou que o aprofundamento da cooperação entre Israel e Líbano terá de ser “virá depois da paz”.
Apesar do cessar-fogo assinado entre os dois países, em novembro de 2024, o Líbano tem sido alvo constante de ataques militares por parte das Forças de Defesa de Israel, com o objetivo de destruir instalações do Hezbollah. Os ataques já provocaram mais de 300 mortos, cerca de 130 deles civis, de acordo com as Nações Unidas.
Israel mantém posições militares no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo incluir a retirada do país. A justificação dada por Telavive de evitar o rearmamento do Hezbollah tem sido contestada, tendo o primeiro-ministro libanês afirmado estar aberto para expandir o mandato da comissão militar de monitorização do cessar-fogo para incluir uma investigação às alegações israelitas, juntamente com o destacamento de tropas norte-americanas e francesas.
“Os armazéns atacados estavam localizados no coração de uma área residencial civil”, justificam as IDF na sua página oficial, com o porta-voz militar Avichay Adraee a ordenar a evacuação de Mjadel e Braashir uma hora antes do ataque.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) veio já condenar o ataque. Em comunicado, considera que “estas ações são claras violações da resolução 1701 do Conselho de Segurança”, aprovado em 2006 no contexto da guerra iraelo-libanesa desse ano, que prevê a “retirada imediata das forças israelitas do sul do Líbano”.A UNIFIL revela que a ofensiva israelita acontecia durante operações das Forças Armadas Libanesas “para controlar armas e infraestruturas não-autorizadas no sul do Líbano”.
Por agora, não há notícia de feridos ou mortos, mas a UNIFIL afirma que os capacetes azuis de serviço no território “foram abordados por seis homens em três ciclomotores perto de Bint Jbeil [cidade no sul do Líbano]”.
Um deles terá disparado três tiros na parte de trás do veículo onde seguiam os capacetes azuis, sem registo de feridos. A UNIFIL irá abrir um inquérito sobre o incidente.
Os ataques ocorrem no contexto dos primeiros contactos diretos entre Israel e Líbano em mais de 40 anos. Representantes diplomáticos dos dois países encontraram-se em An-Naqoura, para uma reunião da comissão de monitorização do cessar-fogo, assinado em novembro de 2024, após uma nova ofensiva israelita no sul do Líbano, para destruir os recursos do grupo fundamentalista Hezbollah.O encontro foi apelidado como “positivo” pelos meios de comunicação os dois países, mas o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou que o aprofundamento da cooperação entre Israel e Líbano terá de ser “virá depois da paz”.
Apesar do cessar-fogo assinado entre os dois países, em novembro de 2024, o Líbano tem sido alvo constante de ataques militares por parte das Forças de Defesa de Israel, com o objetivo de destruir instalações do Hezbollah. Os ataques já provocaram mais de 300 mortos, cerca de 130 deles civis, de acordo com as Nações Unidas.
Israel mantém posições militares no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo incluir a retirada do país. A justificação dada por Telavive de evitar o rearmamento do Hezbollah tem sido contestada, tendo o primeiro-ministro libanês afirmado estar aberto para expandir o mandato da comissão militar de monitorização do cessar-fogo para incluir uma investigação às alegações israelitas, juntamente com o destacamento de tropas norte-americanas e francesas.